Adriano Paranaiba - ''Estou Lendo...''

>> quarta-feira, 28 de março de 2012

Caros leitores, este espaço tem por objetivo divulgar a literatura econômica por sugestões de profissionais em Ciências Econômicas que prestam relevante serviço ao ensino e desenvolvimento do curso de Economia em Goiás. Inaugurando o ''Estou Lendo...'', o professor Adriano Paranaiba.

Estou lendo "O Caminho da Servidão" de F.A. Hayek. Uma excelente obra deste economista que ganhou o prêmio Nobel de 1974, que nos presenteia com uma análise de como o intervencionismo estatal pode conduzir ao totalitarismo.


Adriano Paranaiba é economista. Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG/UFG). Diretor Presidente do Instituto ProEconomia. Mestrando em Agronegócios (UFG).

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Alunos voluntários para programa da Organização Junior Achievement

>> segunda-feira, 26 de março de 2012

 Caros acadêmicos, o CORECON Acadêmico com apoio do CORECON-GO em parceria com a Organização Junior Achievement abre aportunidade para estudantes interessados em prestar trabalho voluntário em turmas de 8° ano do ensino fundamental em escolas públicas e/ou privadas. O aluno associado ao CORECON Acadêmico atuará no programa Economia Pessoal em 10 encontros, sendo um por semana, de 50 minutos de duração cada um, ou dois encontros de 5 horas/aula. Ao voluntário será concedido curso preparatório oferecido pela Junior Achievement, certificado de horas extras-curriculares descrevendo a atividade exercida, além da experiência acadêmica.

''O Programa Economia Pessoal ajuda alunos do 8º ano a entender seus interesses e habilidades pessoais, a explorar opções de carreira e descobrir o valor da educação. Eles também aprendem sobre orçamentos, gerenciamento financeiro pessoal, familiar e as vantagens e desvantagens do uso do crédito.


Objetivos do aprendizado:
- Incentivar os estudantes a assumirem responsabilidades com o seu futuro.
- Conectar interesses e habilidades dos jovens e as profissões que exercerão no futuro.
- Ensinar os alunos a planejarem seus investimentos e a gastarem com sabedoria.''


Aos interessados, enviem e-mail para coreconacademico@gmail.com ou liguem no CORECON (62)3218-3311.

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Livros sobre economia vencedores do Prêmio Jabuti

>> domingo, 25 de março de 2012

O Prêmio Jabuti de Literatura, realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), é o mais importante prêmio literário do Brasil. Lançado em 1959 contemplando apenas sete categorias: Literatura, Capa e Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano. Atualmente engloba 29 categorias que representam todas as fases de criação e produção de um livro. 


A categoria Economia, Administração e Negócios foi introduzida no Jabuti em 1993 e premiou cinco títulos: A Crise do Estado, de Luis Carlos Bresser Pereira; Comunidade Européia - A Construção de uma Potência, de Vera Thorstnsen; Fui Demitido. E Agora?, de Gutemberg Macedo; Gerenciando Pessoas, de Idalberto Chiavenato; Os Negócios e os Direitos, de Vera Helena M. Franco.


No intuito de divulgar a produção nacional de livros com temática econômica, apresentamos a seguir os vencedores do Prêmio Jabuti na categoria Economia, Administração e Negócios de 2000 a 2011:


Vencedor de 2000


A ESTRATÉGIA ROMANOV E OS MENINOS-FALCÃO - ENCADEAMENTOS DE ELOS DE GESTÃO
Luiz Fernando da Silva Pinto


A obra analisa a extraordinária ação de quatro príncipes da Casa Romanov - Teodoro, Sofia, Ivan e Pedro -trazendo à tona o encadeamento estratégico por eles conduzido, um processo que, após 300 anos, mostra-se moderno e contemporâneo. Além de se aprofundar nessas questões, trata-se de uma contribuição à plena compreensão da saga dos Romanov, que tornaram a Rússia uma das principais nações do mundo, posição que mantém em vários campos até hoje. 


Vencedor de 2001


DESNACIONALIZAÇÃO - MITOS, RISCOS  E DESAFIOS 
Org. Antônio Corrêa de Lacerda


Obra plural em abordagens e interpretações é resultado do cuidadoso trabalho de organização do economista Antônio Corrêa de Lacerda que, reunindo importantes especialistas em economia contemporânea, apresenta um cenário não somente de dificuldades e vulnerabilidades para o país, mas também de ações concretas orientadas para um novo padrão de inserção do Brasil, mais ativo e estratégico, na economia globalizada. 




Vencedor de 2002

A DÉCADA DOS MITOS - O NOVO MODELO ECONÔMICO E A CRISE DO TRABALHO NO BRASIL
Márcio Pochmann

Contraponto necessário às teses neoliberais que se fizeram hegemônicas no Brasil notadamente durante a década de 1990. A DÉCADA DOS MITOS desmonta, com maestria de uma das maiores autoridades brasileiras na pesquisa do trabalho, mitos como ''uma melhor distribuição da renda no pós-real'' e o ''alto custo do trabalho no Brasil, entre tantos outros. Texto fundamental para quem quer entender os acontecimentos econômicos da última década com lucidez e senso crítico.



Vencedor de 2003

ECONOMIA DO CONHECIMENTO, CRESCIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL
Coord. João Paulo dos Reis Velloso

Em pronunciamento de abertura do XVI Fórum Nacional (2004), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, louvou-lhe a iniciativa de abordar, de forma integrada e com referência ao Brasil, três temas normalmente tratados separadamente: a economia do conhecimento, o crescimento sustentado e a inclusão social. O propósito deste livro é divulgar os resultados dessa iniciativa: os estudos, pronunciamentos e comentários apresentados durante os quatro dias de duração desse respeitado evento anual.




Vencedor de 2004¹


A DEFESA DO CONSUMIDOR EM QUATRO PASSOS
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor


Com o objetivo de orientar o consumidor a reclamar de forma correta e na hora certa, a Editora Globo lança com o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) o livro A defesa do consumidor em quatro passos, com casos reais e respectivos comentários de advogados do instituto. Traz também ferramentas importantes - na hora de exigir os direitos - como modelos de carta, glossário, íntegra do Código de Defesa do Consumidor e uma lista de endereços de órgãos públicos de todo o país, além de entidades que podem ser acionadas pelo consumidor. 



Vencedor de 2005²


ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA (1945-2004)
Fábio Giambiagi


A obra trata dos seguintes temas - os governos JK e a crise não resolvida (1956-1963); o PAEG e o milagre econômico (1964-1973); o II PND e o ajuste externo (1974-1984); a Nova República e a herança da alta inflação; os anos de FHC - 1995-2002; o governo Lula - 2003-2005; o que causa o crescimento econômico; a questão da distribuição de renda; a nova indústria brasileira; as restrições externas e de poupança; regimes cambiais no Brasil; o financiamento do desenvolvimento; a escassez de educação; as necessidades de energia e desigualdades regionais. A obra traz textos de autores como Gustavo Franco, Affonso Celso Pastore, Régis Bonelli, Rogério Studart, e outros. 


Vencedor de 2006


A HUMANIDADE E SUAS FRONTEIRAS - DO ESTADO SOBERANO À   SOCIEDADE GLOBAL
Eduardo Felipe Pérez Matias


Este livro fornece ao leitor uma discussão sobre os elementos empíricos que deram origem ao enfraquecimento dos Estados contemporâneos. Com isso, introduz a idéia da desintervenção ou, em algum grau, sugere a afastabilidade do Estado na solução de controvérsias futuras. Sua preocupação central é a ordem internacional e o estabelecimento de uma governança internacional. Como garantir a não desterritorialização do direito? Como preservar a soberania dos Estados? 




Vencedor de 2007


CELSO FURTADO E O SÉCULO XXI
Fernando José Cardim de Carvalho; João Sabóia


Tem razão João Saboia, organizador deste livro: o pensamento de Celso Furtado, sua herança teórica, sua luta pelo desenvolvimento latino-americano, sua postura ética e sua vocação de servidor público são cada vez mais celebrados como um patrimônio da nação brasileira e de outros países de sua amada América Latina. Este conjunto de trabalhos é resultado de mais um seminário organizado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e resgata, recupera, sem cloná-lo, mas também sem anacronismos, o pensamento de Furtado. (Trecho da Introdução do livro)




Vencedor de 2008


CRESCIMENTO ECONÔMICO E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA - PRIORIDADES PARA AÇÃO
Org. Jacques Marcovitch

Este livro responde a dez questões econômicas e sociais que se tornaram prioritárias para o Brasil e outros países da América Latina: educação, saúde, emprego, habitação, proteção social, infraestrutura, reforma tributária, inovação, comércio internacional e serviços financeiros. A linha comum entre os textos é a preocupação em ultrapassar o diagnóstico e apresentar proposições concretas, mantendo a objetividade que requerem os temas.Este conjunto de ensaios é uma valiosa contribuição da sociedade civil pra o aperfeiçoamento e implantação de políticas públicas impulsionadoras do crescimento com equidade. 

Vencedor de 2009

 VALORES HUMANOS & GESTÃO - NOVAS PERSPECTIVAS
 Org. Maria Luisa Mendes Teixeira 

Além de textos de pesquisadores de psicologia social essa coletânea apresenta o olhar de quem lida com o dia a dia da administração de empresas e contempla pesquisas relacionando valores humanos a questões de gestão, contribuindo para levar conhecimento a gerentes e diretores. Além disso, resgata o pensamento seminal de pesquisadores que deram origem a diferentes abordagens do estudo de valores humanos. Outro diferencial é o retrato do pensamento de valores na filosofia e uma discussão sobre o conceito, uma vez que o mesmo apresenta aspectos ambíguos. 


Vencedor de 2010

TRABALHO FLEXÍVEL, EMPREGOS PRECÁRIOS?: UMA COMPARAÇÃO BRASIL, FRANÇA, JAPÃO
Nadya Araujo Guimarães; Helena Hirata; Kurumi Sugita

As novas relações de trabalho, a flexibilização das formas de emprego e o crescente desemprego são a temática central desta obra, que reúne a contribuição de sociólogos, economistas e antropólogos do trabalho.O livro é composto por textos de onze autores das três nacionalidades, apresentando uma abordagem comparativa entre as diferentes situações relacionadas às questões do trabalho presentes nesses três países. As contribuições teóricas dividem-se em duas partes: na primeira a dinâmica econômica e o mercado de trabalho são o foco da análise, e a segunda privilegia o relato de experiências relacionadas ao trabalho precário e ao desemprego duradouro.

Vencedor de 2011

MULTINACIONAIS BRASILEIRAS: INTERNACIONALIZAÇÃO, INOVAÇÃO E ESTRATÉGIA GLOBAL
Moacir Miranda de Oliveira Junior e colaboradores

Apresenta casos de sucesso de multinacionais brasileiras, resultados de pesquisas quantitativas e a teoria que ajudará os empresários brasileiros a enfrentar de forma qualificada os desafios da atuação em mercados internacionais 

 




Notas: 
1. Em 2004, a categoria ''Economia, Administração e Negócios'' foi intitulada ''Economia, Administração, Negócios e Direito'', O vencedor foi Ao Encontro da Lei: o novo código civil ao alcance de todos, de José Rodrigues de Carvalho Netto. No entanto, como o enfoque são os livros sobre economia vencedores do Prêmio Jabuti, foi selecionado o 3° colocado para esta publicação.

2. Em 2005, a categoria ''Economia, Administração e Negócios'' foi intitulada ''Ciências Exatas, Tecnologia, Informática, Economia, Administração, Negócios e Direito''. O vencedor foi Os 50 Mandamentos do Marketing, de Francisco Alberto Madia de Sousa. No entanto, como o enfoque são os livros sobre economia vencedores do Prêmio Jabuti, foi selecionado o 2° colocado para esta publicação.  

*** As sinopses dos livros foram recolhidas dos sites das editoras de cada obra.


Victor Paulo Archanjo de Paiva
Graduando em Ciências Econômicas
Universidade Federal de Goiás 







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Estudantes recebem Carteira de Identificação Estudantil do Corecon Acadêmico

>> sábado, 24 de março de 2012

Marcos Arriel, Vice Presidente
do CORECON/GO entrega carteirinha 
à acadêmica da Unifan
            Na manhã deste sábado, 24 de março de 2012, foi apresentado aos membros do CORECON/GO um relatório de prestação de contas da Excursão Corecon Acadêmico - Banco Central / COFECON, na oportunidade foram entregues as carteirinhas do CORECON Acadêmico aos estudantes que compareceram à plenária. Posteriormente participaram da Reunião do Corecon Acadêmico, onde puderam dar sugestões e discutir o próximo evento realizado pelo Corecon Acadêmico, o Encontro Estadual de Estudantes de Economia de Goiás.

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Review - Excursão CORECON Acadêmico - Banco Central/COFECON

>> terça-feira, 20 de março de 2012

No dia 16 de março de 2012, a partir das 08:00 da manhã começavam a se reunir na praça universitária, em Goiânia, estudantes de faculdades de economia do estado de Goiás. Era o começo da excursão rumo ao Banco Central do Brasil em Brasília, 1º evento realizado pela nova diretoria do Corecon Acadêmico de Goiás. Estavam lá reunidos estudantes das Faculdades Alfa, PUC-Goiás, UFG e Unifan, além da presença do economista e conselheiro do Corecon- GO, Abdenis Martins Teixeira, todos aguardando o começo da viagem.

Saída da Excursão rumo a Brasília
Quando já eram aproximadamente 09:00 horas todos já estavam dentro do ônibus, a contagem de passageiros já tinha sido feita e estávamos prontos para partir. Recebemos uma ligação do presidente do Corecon-GO, Álen Rodrigues de Oliveira, desejando a todos uma boa viagem e que aproveitássemos ao máximo o evento. Mensagem esta repassada aos alunos pelo presidente do Corecon Acadêmico, Ricardo Rodrigues, que também aproveitou para desejar a todos uma boa viagem e explicar os principais motivos da excursão: a integração dos estudantes de economia além de fomentar o desenvolvimento cultural, científico e acadêmico.
Feito isso, começava a excursão rumo à Brasília. Durante a viagem, os participantes puderam interar-se sobre a estrutura e o enfoque dos cursos de economia das diferentes instituições de ensino que iam representadas. Após uma parada para lanchar, retomamos o caminho e começou a exibição da 1° Mostra de Filmes Corecon Acadêmico, com o filme “O Mercador de Veneza”, filme inspirado na obra de William Shakespeare, que retrata a condições sociais, políticas e econômicas da Europa do século XVI.

Visita ao Museu de Valores do Banco Central do Brasil
Chegamos à Brasília já eram quase 13 horas. Um pouco de chuva para nos recepcionar. Fomos direto ao restaurante do Ministério do Esporte para almoçar. Com a energia recuperada fomos, finalmente, direto ao imponente prédio do Banco Central. Após muitas fotos, começamos a visita ao Museu de Valores, onde pudemos ver e aprender, entre outras coisas, a história e o processo de fabricação da moeda brasileira, além de compreendermos a importância da instituição do Banco Central e a força da moeda. Várias peças em exposição além de um filme e a ajuda de monitores nos ajudaram nesse processo de aprendizado. Na saída do Museu de Valores ganhamos alguns brindes informativos e em seguida passamos Galeria Vanguarda Modernista onde vimos belos e interessantes quadros de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari, entre outros.
Estudantes visitam a Galeria Vanguarda Modernista
no Banco Central
Após várias fotos, conversas, risadas e aprendizado terminava o nosso passeio no Banco Central. Mas em seguida então veio a surpresa da viagem: uma visita ao CORECON -DF com representantes do COFECON - Conselho Federal de Economia. Fomos bem recepcionados, sendo distribuídos kits com vários informativos interessantes sobre a economia e o economista. Ouvimos as palavras de representantes do Conselho Federal de Economia e do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal – CORECON-DF, além de uma palestra sobre a formação acadêmica, a ética profissional e o mercado de trabalho do economista com o professor César Augusto Bergo. Para terminar a reunião algumas palavras do Vice-Presidente do Corecon Acadêmico Victor Paulo Archanjo de Paiva, mostrando toda nossa felicidade e a importância da participação estudantil nesse evento, participação esta que também surpreendeu e agradou todos os membros do COFECON e do CORECON-DF.
Professor César Augusto Bergo
Acadêmicos de Economia participam de palestra 
Após a reunião alguns sortudos ganharam alguns brindes como camisetas e alguns exemplares do livro Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado, oferecidos pelo Cofecon. Ainda aproveitamos de um delicioso lanche oferecido pelo Conselho e em seguida partimos (debaixo de um pouco de chuva) de volta para Goiânia. Na volta, a exibição do filme Uma mente Brilhante, sobre o matemático John Nash, cujos estudos foram importantes para a ciência econômica.
Esclarecemos aqui, também, a questão do horário de retorno , ponto de crítica de alguns participantes. Realmente, no começo do planejamento da excursão e nos primeiros anúncios que fizemos a respeito, a previsão de chegada em Goiânia era às 19 horas. Porém, nos últimos dias antes da excursão, conseguimos acrescentar a visita ao Cofecon e infelizmente não conseguimos avisar a todos com antecedência. Desculpamo-nos, o horário será algo que iremos nos concentrar melhor nos próximos eventos.
Enfim, a excursão ao Banco Central do Brasil foi muito proveitosa aos olhos do Corecon Acadêmico e acreditamos e esperamos sinceramente que também tenha sido para os estudantes que participaram. Opinem e comentem!  Até o próximo evento!

Estudantes premiados com livro Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado,
oferecidos pelo COFECON.































O CORECON Acadêmico agradece ao CORECON-GO e a todos os envolvidos e participantes da Excursão ao Banco Central/COFECON.



EQUIPE CORECON ACADÊMICO
CONSELHO ACADÊMICO DE ECONOMIA - GOIÁS




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Documentário: Surplus

>> terça-feira, 13 de março de 2012

                       “As sociedades de consumo destruíram o meio ambiente, liquidaram milhões de espécies de plantas e animais, envenenaram os mares, rios e lagos, contaminaram o ar, saturaram a atmosfera com dióxido de carbono e outros gases nocivos. Destruíram a camada de ozônio, esgotaram nossas reservas de petróleo, carbono e gás natural e ricas fontes de minerais sólidos. Exterminaram nossas florestas e destruíram as deles. E o que nos sobra? O subdesenvolvimento, a pobreza, a dependência, o atraso, a dívida, a incerteza. Para a sociedade desenvolvida o problema não é crescer, e sim, distribuir, e não só distribuir entre elas, e sim entre todos. O crescimento sustentável que falam não é possível sem uma distribuição justa entre todos os países, para, afinal, a humanidade se tornar uma só família, todos dividindo o mesmo destino. Dada a severa crise atual, nós podemos encarar um futuro ainda pior, no qual jamais resolveríamos as tragédias econômica, social e ecológica de um mundo cada vez mais fora de controle. Alguma coisa tem que ser feita para salvar a humanidade. Um mundo melhor é possível!”
No curso de economia uma das primeiras coisas que aprendemos é a definição de que economia é a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos. Refletindo isso, estudamos a Lei de Say, um dos pilares da economia ortodoxa até o final da década de 20 e que já foi sintetizada pela expressão “a oferta cria sua própria demanda”. Esse posicionamento foi defendido até a crise de superprodução de 1929, quando foi rebatida por Keynes que defendia que nem tudo o que é ofertado necessariamente terá sua demanda garantida, sugerindo, assim, uma intervenção estatal na economia. Após esses fatos, nas décadas seguintes seguiram várias discussões entre keynesianos e neoliberais acerca dessa intervenção estatal, mas o fato é que nessa época também houve um grande crescimento da produção de bens e serviços acompanhada por um intenso desenvolvimento da propaganda de modo que chegamos na sociedade de consumo contemporânea apontada na citação do começo deste texto.
A citação, é o trecho de um discurso de Fidel Castro, que faz parte da abertura do filme Surplus (Surplus: Terrorized Into Being Consumers, 2003), documentário sueco dirigido pelo italiano Erik Gandini. Surplus em inglês significa excedente, e por esse sentido o documentário pretende analisar essa nossa sociedade no quesito do seu consumismo. Apresentando de uma forma dinâmica, com um jogo de imagens e sons, Erik Gandini faz um documentário interessante que não perde o ritmo ao longo dos seus 50 minutos prendendo a atenção de quem assiste. Frases como “nós não podemos deixar que os terroristas atinjam o objetivo de aterrorizar nossa nação até o ponto em que as pessoas não comprem”, dita pelo ex-presidente americano George Bush em um discurso, é usada e abusada para caracterizar nossa sociedade. Até o processo de fabricação de real dolls é apresentado, como se quisesse mostrar que até algo excêntrico e bizarro como isso faz parte da demanda da sociedade.
Aprofundando mais na questão, o documentário aborda todo o mecanismo que garante o consumismo, como por exemplo, a ideologia difundida de que a tecnologia é uma ferramenta para a aproximação das pessoas, discurso esse que acaba sendo utilizado para o desenvolvimento de mais e mais produtos que serão os novos aparelhos indispensáveis do momento. Ressalta-se, assim, todo o poder da propaganda que existe nos dias de hoje. Propaganda essa que é realizada não só pelas empresas mas também pelos governos que precisam garantir que a economia do país continue funcionando em pleno vapor.
Sendo assim, a ideia de que o que é ofertado não necessariamente tem sua demanda garantida chega a ser questionada com o tamanho da força dessa propaganda nos dias de hoje. É difícil dizer que um computador não é uma necessidade básica para um adulto, adolescente e até mesmo uma criança. O estilo de vida é criado ou redefinido. Quantas vezes deixamos de nos alimentar bem ou dormir direito para realizar algo do trabalho/estágio ou da faculdade? E tudo isso para quê? Para garantirmos uma estabilidade financeira futura que nos permita estabelecer na sociedade, ou em outras palavras, que possamos comprar ou fazer o que quisermos. O conceito do que é necessidade básica para as pessoas é constantemente alterado ao longo do tempo. Não precisamos simplesmente nos alimentar, precisamos nos alimentar de tal forma, comer tal marca de produto, em tal quantidade e assim por diante.
Porém o filme não apenas retrata essa influência externa sobre os hábitos das pessoas; ele também procura analisar o comportamento humano. Em contrapartida à sociedade que estamos acostumados, apresenta-se o ideal que se mantém em Cuba, onde vemos outdoors espalhados com a recomendação/imposição “consuma somente o necessário”. Em seguida nos é apresentado o depoimento de uma cubana que viajou a Europa certa vez e ficou chocada e maravilhada com a quantidade e variedade de alimentos e produtos que era ofertado. O seu comportamento ao descrever todo o seu encanto com a experiência é algo que choca, assemelhando-se a uma criança diante de um brinquedo novo ou até mesmo a um dependente químico. Nesse ponto cabe uma discussão: esse consumismo todo é resultado de uma propaganda forte e eficiente, ou tudo isso é resultado de uma tendência natural do ser humano por querer sempre mais, pela fartura, pela diversificação?
Ainda um outro ponto analisado pelo documentário é a preocupação de até onde a sociedade e o planeta irão chegar com todo esse consumismo. Como podemos ver na citação do início do texto, são apresentadas as externalidades negativas. Todo esse processo de produção intenso gera poluição, esgotamento de recursos, além da exclusão social e prejudica o crescimento de países subdesenvolvidos
Enfim, abordando o tema do consumismo através de diversas nuances, o documentário apresenta várias questões que devemos considerar nos nossos estudos e análises econômicas, tanto no âmbito microeconômico como no macroeconômico. Se o filme pode parecer para alguns uma argumentação unilateral sobre o consumismo, temos toda nossa sociedade, em que crescemos e fomos educados/condicionados, para gerar os argumentos contrários. Sendo assim, podemos dizer que, como o filme provavelmente não irá mudar radicalmente nosso comportamento e pensamento, provavelmente ele nos seja útil para sermos receptivos a um novo ponto de vista, não apenas como estudantes de economia, mas também como indivíduos integrantes da sociedade.

O documentário pode ser visto na integra e legendado no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=YbpmWeymWWw



Erick Rodrigo da Mota
Graduando em Ciências Econômicas
Universidade Federal de Goiás

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Curso ''O Papel da Política Fiscal no Processo de Desenvolvimento Socioeconômico de Goiás''

>> segunda-feira, 12 de março de 2012

Estudantes associados ao Corecon Acadêmico, o Conselho Regional de Economia (CORECON-GO) realiza no dia 17 de março (Sábado) o curso "O Papel da Política Fiscal no Processo de Desenvolvimento Socioeconômico de Goiás", na sede da Entidade (Rua 86, nº 617, Setor Sul). A atividade será ministrada às 9 horas pelo professor e conselheiro do Conselho Federal de Economia, Júlio Paschoal. O curso é gratuito. Confirmar inscrição no e-mail coreconacademico@gmail.com 

 Participe!

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PODER, TERROR PAZ E GUERRA - OS ESTADOS UNIDOS E O MUNDO CONTEMPORÂNEO SOB AMEAÇA

>> quarta-feira, 7 de março de 2012


Abrindo o tema de literatura econômica no Blog Corecon Acadêmico, começamos não com um livro sobre economia propriamente dito, mas sobre política. As ações de política externa dos países definem a relação com outros países, aliados ou adversários, tratados internacionais e assuntos de relevância para a comunidade internacional e população local, principalmente, levando em consideração o desenvolvimento econômico, segurança nacional e os interesses da nação.

Em Poder, Terror, Paz e Guerra: Os Estados Unidos e o Mundo Contemporâneo Sob Ameaça, Walter Russel Mead, analista da política externa norte-americana, aponta mudanças na dinâmica capitalista, da transição do modelo fordista para o ‘’capitalismo do milênio’’ e as ações externas do governo norte-americano diante desta transição.

O capitalismo fordista do pós-Segunda Guerra é pautado pelas intervenções estatais, produção e consumo em massa, presença de monopólios e oligopólios; enquanto o milenismo ou capitalismo do milênio, defende  a livre competição, o individualismo;

Frente a esta transformação nas estruturas do sistema os Estados Unidos, defende Mead, foram capazes de melhor se adaptar às mudanças. Chegamos aqui a um ponto interessante, à medida que os poderes econômico e militar norte-americano crescem dada a nova conjuntura política internacional, cresce também o antiamericanismo dos opositores que mais sofrem danos devidos a esta transição. O autor diz da manutenção do poder não-coercitivo - chamado de poder encantador - o poder ideológico-cultural, que impulsiona os agentes a desejar os mesmo objetivos da nação norte-americana. A interação ente os poderes econômico – poder pegajoso; militar – poder vigoroso; estes poderes de ação coercitiva, que forçam os agentes agirem da maneira desejada, juntamente com o poder encantador, trariam aos Estados Unidos a hegemonia em definir a agenda de assuntos de interesse global.

Os atentados de 11 de Setembro abalaram as bases políticas norte-americanas, o símbolo do comércio mundial caiu por terra mostrando as fragilidades do país. Os argumentos do governo Bush para deflagrar a guerra contra o Iraque foram a preocupação de Saddam Hussein supostamente ter posse de armas de destruição em massa, sendo que não encontradas fragilizou a imagem do governo frente a opinião pública; uma declaração aos opositores do Oriente-Médio, que qualquer ataque ou impedimento aos interesses nacionais seriam duramente oprimidos; e uma possível ‘’reconstrução’’ da região, com o Iraque sendo a primeiro Estado democrático árabe, levando os outros países ao mesmo, afinal ‘’o progresso econômico e a liberdade democrática são contagiosos’’.

As diferentes correntes ideológicas da política dos Estados Unidos defendem estratégias diferentes para a manutenção do país como atuante e líder de alianças internacionais. Qual está certa ou errada, não nos cabe definir no momento, devemos primeiro buscar entender como funcionam.

Walter Russel Mead incita o leitor ao debate da nova relação dos Estados Unidos com o mundo em plena transformação do sistema capitalista.


Victor Paulo Archanjo de Paiva
Graduando em Ciências Econômicas
Universidade Federal de Goiás

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O Mágico de Oz e a economia norte-americana do século XIX

>> sexta-feira, 2 de março de 2012

Através desse espaço iremos apresentar curiosidades relacionadas a essa abrangente e intrigante ciência que é a economia. Fatos históricos, recentes, sociais, culturais, entre outros que de tão curiosos nem poderíamos imaginar ou que mesmo depois de ouvir ainda assim pareceria irreal. Dessa forma, além de aprendermos um pouco mais iremos inevitavelmente entretermos em alguns minutos de leitura.

Começamos por uma curiosidade que talvez alguns estudantes de economia, leitores de Mankiw, conheçam. Sempre temos aquelas obras literárias, filmes ou qualquer outro meio de entretenimento que vimos em algum momento do passado e que nos marcou ou que pelo menos nos divertiu bastante em certa época. O que acontece é que vez ou outra esses livros e filmes, que nos podem parecer tão infantis, ou ingênuos, na verdade contêm em si uma inspiração ou referência a fatos reais ou ideologias que nem sempre percebemos, a não ser talvez no nosso subconsciente.

A “Revolução dos bichos” de George Orwell é uma alegoria ao processo revolucionário da União Soviética, porém esse é obviamente o sentido do livro. Em outros casos a inspiração ou a referência fica tão implícita na história que nem sempre conseguimos perceber. Você sabia, por exemplo, que a trilogia Matrix tem uma forte influência da filosofia de Descartes e Platão? Os jogos de lógica de Alice No País das Maravilhas escrito pelo matemático e lógico Lewis Carroll. A temática cristã de Crônicas de Nárnia, do apologeta cristão, C.S. Lewis . Enfim são vários casos interessantes, mas o que nos interessa aqui é a relação do livro “O Mágico de OZ” com a situação econômica dos EUA na segunda metade do século XIX.

História do livro: Dorothy é uma doce e meiga menina que vive em uma fazenda no Kansas, onde após um tornado na região vai parar junto com seu cachorro e sua casa no fantástico mundo de OZ. Acidentalmente sua casa cai em cima da bruxa má do leste despertando a fúria de sua irmã, a bruxa má do oeste. Com a ajuda da bruxa boa do norte ela ganha os sapatos de prata da bruxa do leste (que no filme de 1939 é substituído por sapatos de rubi, que acabaram ficando famosos) cobiçados por sua irmã malvada. Desejando retornar para sua vida no Kansas, Dorothy deve partir para o leste seguindo a estrada de tijolos amarelos para encontrar o Mágico de Oz, que pode lhe ajudar. Nessa jornada ela encontra um espantalho que quer ter um cérebro, o homem de lata que deseja um coração e o leão que queria ter coragem. Assim partem todos juntos em busca do mágico.

Situação econômica dos EUA no final do século XIX: com o recente desbravamento do oeste americano os fazendeiros da região estavam endividados com os banqueiros do leste. Soma-se a isso o avanço tecnológico da época que encareceu a produção e ocasionou a queda do nível de preços pelo aumento da oferta. Assim os fazendeiros começaram a apoiar a ideologia política de mudar os EUA do sistema padrão-ouro (defendido pelos banqueiros do leste) para o sistema padrão bi-metal (ouro e prata), pois na época a quantidade de dinheiro correspondia ao volume de ouro que o país possuía, e com a mudança aumentariam a moeda em circulação e forçariam o aumento dos preços. Um dos políticos que defendia a mudança era o senador Willian Jennings Bryant.

Com esse cenário formado, o jornalista L. Frank Baum escreveu o Mágico de OZ como uma metáfora a toda essa situação onde defende a posição dos fazendeiros do oeste: Dorothy representa os valores americanos tradicionais; o espantalho representa os agricultores; o homem de lata os trabalhadores da indústria; o leão covarde é Willian Jennings Bryant; OZ é a abreviação da palavra inglesa ounce (onças de ouro) e o mágico de OZ representa os banqueiros do leste. Com os sapatos de prata da história original Dorothy vai seguindo a estrada de tijolos amarelos (ouro) para completar sua jornada (prata pisando sobre o ouro). Ao final, ela e seus novos amigos descobrem que o mágico de OZ é uma fraude, ou seja, o sistema padrão ouro é uma fraude. O espantalho ganha um cérebro, o homem de lata ganha coração e não irá mais enferrujar (não haverá desemprego), o leão ganha coragem (incentivo a Willian Jennings que não tinha muita força) e Dorothy volta para casa graças aos seus sapatos de prata.

Como se sabe, no final do embate resultou que os banqueiros do leste ganharam a briga permanecendo o padrão-ouro. Porém a história permaneceu até se tornar o filme em 1939 que inclusive já foi considerado um dos 10 melhores filmes já feitos. Alguns estudiosos defendem que “O Mágico de OZ“ é um simples livro infantil, mas é difícil admitir que essa visão não faça sentido. De qualquer forma é um caso realmente interessante, e que inclusive nos abre até mais uma perspectiva a nós, futuros economistas: quem sabe um dia não podemos usar o nosso conhecimento sobre economia e fazer uma análise diferente e inusitada da atualidade assim como fez L. Frank Baum?


Erick Rodrigo da Mota
Graduando em  Ciências Econômicas
Universidade Federal de Goiás

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