Prêmio Jabuti 2012

>> sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Já apresentamos no Blog Corecon Acadêmico uma lista com os livros de economia vencedores do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro - CBL, desde 2000. (Veja aqui)

Neste ano, a 54ª edição do Jabuti premiou os seguintes livros na categoria Economia, Administração e Negócios:

                                       


1º Lugar - APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL NO BRASIL
Arilda Schmidt Godoy; Claudia Simone Antonello

Uma coletânea de textos de pesquisadores reconhecidos, oferece uma ampla visão da aprendizagem organizacional e de temas relacionados ao conhecimento em organizações no Brasil.

Conta com a contribuição de dois professores convidados que atuam internacionalmente nesta área de pesquisa.

Além de sistematizar textos predominantemente conceituais que abordam o atual debate, busca demonstrar o desenvolvimento de trabalhos nacionais e apresentar temas futuros que cobrem tópicos relacionados à Aprendizagem Organizacional e ao Conhecimento Organizacional.




2º Lugar - A GESTÃO DA AMAZÔNIA: AÇÕES EMPRESARIAIS, POLÍTICAS PÚBLICAS, ESTUDOS E PROPOSTAS
Jacques Marcovitch

Claro e concreto na abordagem da complexidade amazônica, este livro tem como foco a gestão do grande bioma em seus múltiplos aspectos. Expõe fluentemente as questões dominantes no debate interno ou externo sobre os seus principais desafios: biodiversidade, riqueza hídrica, idéias e projetos, desmatamento, conflitos, quadro social, estratégias empresariais. Isso é feito com inteligibilidade pedagógica – traço marcante da obra do autor e cada vez mais necessária na comunicação de políticas públicas.




3º Lugar - EMPRESAS PROATIVAS - COMO ANTECIPAR MUDANÇAS NO MERCADO
Leonardo Araújo; Rogério Gava

Neste livro, Araújo e Gava reforçam a idéia de que "nenhuma empresa é proativa por acaso", apontando as oito capacidades que devem ser desenvolvidas para que se pratique uma verdadeira "gestão proativa". Através de uma linguagem objetiva, os autores mostram como o mecanismo da antecipação pode ser posto em prática, oferecendo um modelo valioso repleto de ferramentas para a aplicação gerencial. Ao longo dos capítulos os leitores encontrarão depoimentos de vários CEOs de empresas bem sucedidas, mostrando a visão desses líderes sobre a proatividade de mercado e sua importância no cenário dos negócios. Além disso, os autores fornecem casos de sucessoem proatividade de mercado de empresas como Fiat, Whirlpool, Pepsico, Tetrapak, Localiza, IBM e Danone, que completam essa perspectiva prática e ajudam o leitor a compreender como tais empresas anteciparam a mudança no mercado, ilustrando as ações e decisões que nortearam sua estratégia proativa. Trata-se de um livro instigante que desafia os gestores que querem ir além de respostas simples às demandas dos clientes e aos movimentos da concorrência. Um roteiro indispensável e atual para a empresa visualizar o futuro e competir nesses tempos de incerteza.

Fora a categoria a qual nos referimos, damos destaque a outros títulos vencedores em outras categorias, sendo estes, relevantes ao profissional e ao estudante de ciências econômicas.

Vencedor na categoria Ciências Humanas:

A POLÍTICA DA ESCRAVIDÃO NO IMPÉRIO DO BRASIL, 1826-1855
Tâmis Parron

Um dos principais méritos deste livro é demonstrar que a abolição do tráfico internacional de escravos, em 1831, não foi uma lei para inglês ver. A partir desse momento, abriu-se caminho para o que iria culminar na extinção da escravidão brasileira, abolida definitivamente em 1888.

O leitor vai acompanhar a construção política dessa evolução histórica e desvendar os laços que uniram intimamente a política e a escravidão no Império do Brasil. Uma pesquisa abrangente, que supera a maior parte dos trabalhos sobre o assunto.




Vencedor na categoria Reportagem e livro do ano de não-ficção:


SAGA BRASILEIRA - A LONGA LUTA DE UM POVO POR SUA MOEDA 

Miriam Leitão

Da hiperinflação ao plano Real, passando pelos congelamentos, planos que não passavam de um verão e o confisco do governo Collor, Miriam Leitão mostra como os brasileiros sofreram até a estabilização da moeda.  Um livro definitivo sobre a história econômica recente do país – já esquecida pelas novas gerações.




Miriam Leitão comentou sobre a premiação ''Quis escrever um livro sobre um país buscando seu caminho. Às vezes, escrevia chorando, era um momento muito dramático. Só eu para chorar com um livro de economia. Isto aqui está além dos meus sonhos e da minha imaginação''*

Comentário retirado de Livros e Pessoas


Read more...

VAGAS DE ESTÁGIO

>> quarta-feira, 28 de novembro de 2012




Vagas disponíveis em Goiânia e Aparecida de Goiânia
SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA
Contato: (62) - 3219-1300 ou pelo e-mail: mateusmariano@sistemafieg.org.br  
Endereço: Rua 227 - A - N° 95 - Leste Universitário - CEP: 74.060-155
Curso: Ciências Econômicas
Série escolar: 1º ao 4º
Valor da bolsa: R$ 642
Carga horária semanal: 30h
Horário 8h - 14h
Nº de Vagas: 01
Benefícios oferecidos: auxílio transporte
Atividades desenvolvidas no estágio: protocolar documento; organizar arquivos e materiais de escritório; atender telefonemas; arquivar documentos; prestar apoio nas atividades da gerência financeira e outras correlatas.
BANCO DO BRASIL
Contato: (62) - 3269-6009
Endereço: Rua Umburana - QD52 - Santa Genoveva - CEP: 74.670-150
Curso: Ciências Econômicas
Série Escolar: 5º ao 6º  
Valor da Bolsa: R$ 332,97
Carga Horária Semanal: 30h
Horário de trabalho: 8h às 13h
Nº de Vagas: 1   
Benefícios oferecidos: Auxílio transporte e ticket refeição
 Atividades desenvolvidas no estágio: Elaborar documentos, relatórios, planilhas e formulários diversos; registrar dados em planilhas para consulta administrativa; acompanhar prazos e processos internos; auxiliar os funcionários em outros procedimentos administrativos da regional e demais atividades à área bancária.  

QUALILTATIS
Contato: (62) - 9159-7999 ou pelo e-mail: igormcotto@gmail.com   
Endereço: Av. 136 , N.737 , 20 º Andar - Setor Marista
CEP: 74.000-000 - GOIANIA / GO
Curso: Ciências Econômicas
Valor da bolsa: R$ 300
Horário: 12 às 18h
Nº de Vagas: 01  
Benefícios oferecidos: Auxílio transporte
Atividades desenvolvidas no estágio: auxiliar no mapeamento de processos; padronização de rotinas; acompanhamento de indicações de indicadores de desempenho; apoiar o diretor administrativo financeiro nas diversas atividades administrativas do grupo e demais atividades relacionadas ao curso.

  

Vagas disponíveis em Anápolis
CURINGA DOS PNEUS
 Contato: (62) - 3321-6766 ou pelo e-mail: ctg@curingapneus.com.br
Endereço: Avenida Brasil Norte - Cidade Jardim - CEP: 75080-240
Curso: Ciências Econômicas
Série escolar: 2º ao 6º  
Valor da Bolsa: R$ 611
Carga horária semanal: 30h
Nº de Vagas: 01  
Benefícios oferecidos: Auxílio transporte
 Atividades desenvolvidas no estágio: elaboração de dados estatísticos financeiros; edição de periódicos técnicos específicos da área; análise cadastral de inadimplentes; controle operacional de filiais centralizadas; auditoria de crédito e cobrança; acompanhamento creditício de clientes cadastrados ativos; acompanhamento e execução de rotinas de cobrança; liberação de crédito; operacionalização de bancos de dados de proteção ao crédito; outras atividades correlatas.

VIGOR
Contato: (62) - 3316-5596 ou pelo e-mail: juliana.castro@ago.jbs.com.br
Endereço: Rua VP 7 D QD: 12 Módulos 15 A 18 – Daia - CEP: 75.132-140
Curso: Ciências Econômicas
Valor da Bolsa: R$ 622,00
Horário de 8h - 12h e 13h - 15h
Nº de Vagas: 01
Benefícios oferecidos: Auxílio transporte e refeição no local
Atividades desenvolvidas no estágio: ICMS E Fomentar; movimentação de entradas e saídas; escrita fiscal; emissão de conhecimentos de transporte; controle de documentos fiscais emissão de informações mensais para órgãos estaduais; controle de movimentações de materiais; emissão de notas fiscais; controle de estoque contabilidade fiscal; apuração de ICMS e IP. 

Read more...

6º SEMANA DE ECONOMIA - FACE/UFG

>> sábado, 24 de novembro de 2012


PROGRAMAÇÃO:
28/11/12, 19h - Palestra com Maurício Faganelo (Instituto Pró-Economia)
Coquetel de Abertura

29/11/12, 19h - Palestra com Rámon Vicente Garcia Fernandez (UFABC)

30/11/12, 19h - Palestra com Newton Marques (COFECON)
Coquetel de Encerramento

30/11/12, 14:30h Minicurso: Introdução ao Stata
Obs: Possui pré-requisito

Local: Auditório da Biblioteca Central - Campus II UFG

Inscrições na secretaria da Faculdade de Administração, Contábeis e Economia - FACE/UFG
Minicurso: R$10
Palestras: R$10

Read more...

Entre ortodoxos e heteredoxos

>> quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ao ingressar na faculdade de economia nos deparamos com enormes diferenças entre as linhas de pensamento, a ciência econômica por se tratar de uma ciência social aplicada apresenta uma série de respostas para a mesma pergunta, diferentemente das ciências exatas. Isso permite que a academia seja rodeada de correntes das mais diversas escolas de pensamento, gerando choques de visões. Primeiramente é importante destacar as principais escolas do pensamento econômico: clássicos, neoclássicos, keynesianos, novos keynesianos, monetaristas, austríacos entre outros.

Assim, para todo tema econômico há pelo menos duas opiniões divergentes. Como diz aquela piada sobre economistas “Se você colocar dois economistas em uma sala e pedir sugestões sobre um dado assunto, você terá pelo menos três opiniões distintas”. Para a inflação, por exemplo, um dos temas mais importantes da economia brasileira nas últimas décadas, há uma variedade de explicações. Se a inflação de hoje é meramente o resultado da inflação de ontem, o quê explica esta? Por que são altos os juros no Brasil? O que causa o crescimento econômico? Por que alguns países são ricos e outros são tão pobres? Perguntas para as quais existe uma grande variedade de respostas.

Ampliando o entendimento do caso podemos afirmar que existiriam dois grandes grupos de economistas: os ortodoxos, que seriam aqueles que acreditam que o livre mercado seria capaz de resolver os reais problemas da nossa sociedade, e os economistas heterodoxos – em parte - pensam que o Estado deve atuar de forma mais direta, para os últimos o Estado seria um importante indutor da economia, onde através do planejamento estatal seriam traçadas políticas que visassem não só o crescimento, mas também o desenvolvimento econômico.

Recorrendo ao dicionário, ortodoxia são as doutrinas primeiras, as ditas “verdadeiras”, é comum na academia denominar de "Ortodoxia" as correntes predominantes ao longo de todo o desenvolvimento da ciência econômica (Economia Política Clássica, Escola Neoclássica, Síntese Neoclássica da Teoria Geral Keynesiana, Monetarismo e Novo-Clássico), também conhecida como o mainstream da economia, defendida pelos grandes centros acadêmicos, e "heterodoxia" as correntes de oposição, são as doutrinas seguintes, aquelas discordam da ortodoxia sendo os principais exemplos os keynesianos.

O pensamento ortodoxo segue a linha de criação dos famosos modelos, onde se tenta simplificar a realidade, esta metodologia é considerada a forma mais didática de se explicar o funcionamento da economia. Assim para eles a pesquisa econômica deveria ser pautada na elaboração de modelos que expliquem a realidade. Esta corrente foi a principal responsável por inserir a linguagem matemática na economia, levando a um grande avanço no estudo desta ciência. Assim, entre outras coisas, eles defendem a neutralidade da moeda e a tendência natural ao equilíbrio econômico em pleno emprego. Para estes existe uma força que ajusta o mercado de forma livre, sem a necessidade de pressões do estado, a “mão invisível”. A Teoria do Equilíbrio Geral é um dos pilares da ideologia, segundo a qual o livre funcionamento do mercado, com a flexibilidade de preços e de fatores de produção leva ao ponto de eficiência máxima.

Já o pensamento heterodoxo diverge de forma explícita da abordagem dos ortodoxos, para eles a economia não deve ser compreendida através de modelos “Como não se pode transformar a complexidade das relações econômicas em um modelo anacrônico, o melhor mesmo é não fazer seu uso”. Os economistas ditos heterodoxos, seja de qual corrente, se preocupam mais em humanizar os grandes problemas econômicos, em deixar a formalização matemática em segundo plano, e em defender a multidisciplinaridade entre as ciências sociais para uma melhor observação da vida e da sociedade humana.

Assim se faz a disputa entre economistas, cada qual defendendo o seu lado ferrenhamente, buscando, através do arcabouço teórico que segue levar a economia a um nível de maior desenvolvimento.

Mas existe uma corrente que detêm a verdade absoluta? A resposta possivelmente é não! As linhas de pensamento mostradas no texto apresentam grandes diferenças no modo como veem o mundo, cada uma buscando a melhor forma de solucionar os problemas econômicos da humanidade. Na ciência econômica existem várias verdades, cabe a nós escolher a verdade que melhor cabe a cada situação. Assim, é necessário que o jovem economista se aprofunde nessas questões buscando compreender como se desenrola essa história, tendo grande atenção para o que cada escola defende, escolhendo o pensamento que respeite os conceitos básicos da Teoria Econômica (teoria microeconômica clássica, teoria da macroeconomia keynesiana e os princípios da teoria do desenvolvimento capitalista, que estão de alguma forma presentes em um bom texto de introdução a economia), e que sempre leve em conta as consequências das atitudes tomadas, e como disse Henry Hazlit, "a arte da economia está em considerar não só os efeitos imediatos de qualquer ato ou política, mas, também, os mais remotos; está em descobrir as consequências dessa política, não somente para um único grupo, mas para todos eles".

Rodrigo Daniel Borges de Jesus
Graduando em Ciências Econômicas
Universidade Federal de Goiás - UFG

Read more...

SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONÔMICO DAS FACULDADES ALFA

>> domingo, 18 de novembro de 2012




Realização: 20 a 23 de Novembro

Local: Faculdades ALFA (Unidade Perimetral) -19:00hs.

Incrições gratuitas pelo site (www.alfa.br) ou e-mail: nathalia.laurias@alfa.br

Programação:

20/11 - A relevância da teoria keynesiana no contexto atual

Prof. Marcelo José Moreira (UEG)
Mestre em Desenvolvimento Econômico

21/11 - Inovações tecnológicas e o desenvolvimento regional

Prof. Nali de Jesus de Souza (PUC-RS)
Doutor em Economia Regional e Urbana

22/11- A Economia Comportamental e sua importância na atualidade

Prof. Anderson Mutter Teixeira (UFG)
Mestre em Teoria Econômica e doutorando em Economia Comportamental e Economia Experimental


23/11 - Desenvolvimento Regional em Goiás: Uma análise a partir do modelo Diamante

Apresentação dos artigos desenvolvidos pelos pesquisadores do MOC ( The microeconomics of competitiveness ) – Parceria ALFA com Harvard.

Read more...

Texto para discussão 01 - A ‘maldição’ dos recursos naturais - Joseph E. Stiglitz

>> sábado, 10 de novembro de 2012


Países podem criar instituições, políticas e leis necessárias para assegurar que os recursos beneficiem todos os cidadãos.


Novas descobertas de recursos naturais em vários países africanos — incluindo Gana, Uganda, Tanzânia e Moçambique — levantam uma questão importante: serão uma bênção que trará prosperidade e esperança ou uma maldição política e econômica, como tem sido o caso em tantas nações?


Na média, países ricos em recursos têm tido pior desempenho do que os carentes. Têm crescido mais vagarosamente e com maior desigualdade — o oposto do que seria de esperar. Afinal, cobrar impostos altos sobre recursos naturais não os fará desaparecer; países cuja maior fonte de receita são os recursos naturais podem usá-los para financiar educação, saúde, desenvolvimento e redistribuição de renda.


Uma ampla literatura nas ciências econômica e política explica essa “maldição dos recursos”, e grupos da sociedade civil (tais como Revenue Watch e Extractive Industries Transparency Initiative) foram criados para tentar contê-la. Três dos ingredientes econômicos da maldição são bem conhecidos:

Países ricos em recursos tendem a ter moedas fortes, que dificultam outras exportações;

O desemprego sobe porque extração de recursos gera reduzida criação de postos de trabalho;

Preços voláteis de matérias-primas resultam em crescimento instável, o que é ajudado por bancos internacionais que entram quando a cotação das commodities está em alta e saem na baixa (refletindo o princípio de que banqueiros emprestam apenas para aqueles que não precisam do dinheiro).

Além disso, países ricos em recursos com frequência deixam de adotar estratégias de crescimento sustentável. Não reconhecem que, se não reaplicarem sua riqueza natural em investimentos produtivos, estarão na realidade se tornando mais pobres. A disfunção política exacerba o problema: conflitos em relação à renda produzida pela riqueza natural levam à corrupção e a governos não democráticos.

Há antídotos bem conhecidos para esses problemas: câmbio desvalorizado, um fundo de estabilização, investimento cuidadoso da receita das commodities (inclusive na população do país), suspensão do endividamento e transparência (de forma que os cidadãos possam pelo menos “ver” o dinheiro entrando e saindo). Mas há um consenso crescente de que essas medidas, embora necessárias, são insuficientes.

Em primeiro lugar, necessitam fazer mais para assegurar que seus cidadãos recebam o valor integral dos recursos. Há um inevitável conflito de interesse entre companhias que investem em riquezas naturais, geralmente estrangeiras, e o país hóspede: as primeiras querem minimizar o que pagam, os últimos desejam maximizar o que recebem. Leilões bem concebidos, competitivos e transparentes podem gerar muito mais receita do que acordos de pai para filho. Os contratos devem também ser transparentes e devem assegurar que, se os preços subirem — como fizeram repetidamente — os lucros não irão apenas para as companhias.

Infelizmente, muitos países já firmaram maus contratos que dão uma fatia desproporcional do valor dos recursos para empresas privadas estrangeiras. Mas há uma resposta simples: renegociar; se isto não for possível, as nações devem tributar lucros inesperados.

Em todo o mundo, os países têm feito isto. Naturalmente, as companhias vão resistir, enfatizando a inviolabilidade dos contratos e ameaçando deixar o país. Mas, tipicamente, o desfecho é diferente. Uma renegociação justa pode se tornar a base de uma relação melhor a longo prazo. A renegociação de tais contratos por Botswana assentou as fundações de seu notável crescimento nas últimas quatro décadas. Além disso, não são apenas países em desenvolvimento, tais como Bolívia e Venezuela, que renegociam; nações desenvolvidas, como Israel e Austrália, também o fizeram. Mesmo os EUA impuseram um imposto sobre lucros inesperados.

Igualmente importante é que o dinheiro proveniente dos recursos naturais seja usado para promover o desenvolvimento. As velhas potências coloniais consideravam a África simplesmente uma fonte de extração de recursos. Alguns dos novos compradores têm atitude similar.

A infraestrutura (rodovias, estradas de ferro e portos) foi construída com apenas um objetivo em mente: tirar os recursos do país ao menor preço possível, sem qualquer esforço para processá-los no lugar de origem, muito menos para desenvolver indústrias locais baseadas neles.

Desenvolvimento real requer a exploração de todas ligações possíveis. Atualmente, esses países podem não ter vantagens comparativas em muitas dessas atividades, e alguns argumentam que cada país deveria se fixar naquilo em que é forte. Nesta perspectiva, a vantagem comparativa dessas nações é ter outros países para explorar seus recursos.

Isto é errado. O que importa é vantagem comparativa dinâmica, ou vantagem comparativa a longo prazo, que pode ser desenvolvida. Há 40 anos, a Coreia do Sul tinha vantagem comparativa na cultura de arroz. Se tivesse se limitado a ela, não seria o gigante industrial que é hoje. Poderia ser o mais eficiente produtor de arroz do mundo, mas ainda seria pobre.

As empresas dirão a Gana, Uganda, Tanzânia e Moçambique para agirem rapidamente, mas há boas razões para que eles se movam segundo seus interesses. Os recursos não desaparecerão e os preços das commodities têm estado em alta. Enquanto isso, esses países podem criar instituições, políticas e leis necessárias para assegurar que os recursos beneficiem todos os cidadãos.

Recursos naturais devem ser uma bênção, não uma maldição. Eles podem ser, mas isto não ocorrerá por si só. E não acontecerá facilmente.

Joseph E. Stiglitz é prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade de Colúmbia. © Project Syndicate


Publicado em O GLOBO
20/08/2012 

Read more...

Publicação de artigos

>> sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Blog CORECON Acadêmico aceitará textos dos acadêmicos para publicação nos meios de comunicação da entidade. O estudante interessado em publicar seu artigo deve seguir as orientações a seguir e enviar o arquivo para o e-mail coreconacademico@gmail.com. O CORECON-GO avaliará os textos, onde os mais relevantes e com compatibilidade para publicação em jornal, serão publicados no caderno Opinião Pública do Diário da Manhã.


Recomendações para o artigo a ser publicado:
O estudante deve ser filiado ao CORECON Acadêmico e estar com cadastro em dia.
O tema do texto deve ser qualquer assunto relacionado às ciências econômicas
Mínimo de 4 mil caracteres (de 2 a 4 páginas A4)
Fonte: Times New Roman - Tamanho 12
Margens: superior com 3cm, lateral esquerda com 2,5cm, inferior e lateral direita com 2cm.
Todo o texto em alinhamento justificado, exceto o título que deve ser centralizado

Read more...

VAGAS DE ESTÁGIO

>> quinta-feira, 8 de novembro de 2012



Vaga disponível em Goiânia:
RECUP - ASSESSORIA DE COBRANÇA
Contato: (62) - 3541-6641 ou e-mail: fernando@brazefreitas.com.br
Endereço: Rua 0009, N.° 558 QD. F-4 LT 45, ED. Small Tower - Mezanino - De 22 a 1392 (PAR) - Setor Oeste
Oferta para as seguintes cidades: Goianira; Senador Canedo; Goiânia e Aparecida de Goiânia
Curso: Ciências Econômicas
Valor da Bolsa: R$ 500
Carga Horária Semanal: 30h
Dias de estágio: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta - 10h -13h e 14h - 17h
Nº de Vagas: 03
Benefícios oferecidos: Auxílio transporte e bônus/premiação

Vagas disponíveis em Aparecida de Goiânia:

ADÃO IMÓVEIS
Contato: (62) - 3240-2300 ou email: amelina.prates@adaoimoveis.com.br
Endereço: Rua Dona Maria Cardoso - Qd. 84 LT. 01 - Lojas: 04 e 05 - Vila São Tomaz
Curso: Ciências Econômicas
Oferta: 100233
Valor da Bolsa: R$ 700
Horário de 10h às  12h - 14h às 18h
Nº de Vagas: 01
Benefícios oferecidos: auxílio transporte
Atividades desenvolvidas no estágio: O estagiário irá auxiliar nas demandas da área financeira de contas à pagar e contas à receber. O candidato deve ter conhecimento na utilização da calculadora hp12c
Enviar currículo: rh@adaoimoveis.com.br, com dados para contato e disponibilidade de horário.

GRUPO GSA
Contato: (62) - 4006-6110 ou email: gterra@grupogsa.com.br
Endereço: Rod BR 153 KM 13 - Jardim Paraíso
Curso: Ciências Econômicas
Valor da Bolsa: R$ 600
Carga Horária Semanal: 30h
 Dias de Estágio Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta
Horário de Estágio: 09h - 15h
Nº de Vagas: 01
Benefícios oferecidos: Refeição no local e auxílio transporte
Atividades desenvolvidas no estágio: auxiliar no escritório e no departamento financeiro
Vagas disponíveis em Rio Verde:

VIDEPLAST

Contato: (62) - 4005-1000 ou juridico@grupojm.com.br
Endereço: Avenida Vera Cruz - Jardim Guanabara
Curso: Ciências Econômicas
Valor da Bolsa: R$ 700
Carga horária semanal: 30h
Horário de estágio: 08h - 14h
Dias de estágio: Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta
Nº de Vagas: 01
Benefícios oferecidos: Auxílio transporte e refeição no local
Atividades desenvolvidas no estágio: Auxiliar nas atividades administrativas da empresa.

SHOPPING RIO VERDE
Contato: (64) - 3621-6003 ou email: superintendente@shoppingrioverdego.com.br
Endereço: Avenida Presidente Vargas - Jardim Goiás
Curso: Ciências Econômicas
Valor da Bolsa R$ 540
Dias de Estágio: Por escala
Horário de Estágio Por escala
Nº de Vagas: 03
Benefícios oferecidos: auxílio transporte
Atividades desenvolvidas no estágio: Acompanhar o desenvolvimento de pesquisas; preenchimento de formulários; tabulação de dados; digitação de planilhas; confecção de relatórios.

BANCO DO BRASIL SA
Contato: (64) - 3621-2977 ou age297@bb.com.br
Endereço: Avenida Presidente Vargas Nº 737 - Centro
Curso: Ciências Econômicas
Valor da bolsa: R$ 332
Horário de 11h às 16h
Nº de Vagas: 02
Benefícios oferecidos: auxílio transporte e ticket refeição
Atividades desenvolvidas no estágio: auxiliar nas rotinas administrativas; encaminhamento de documentos; arquivos; digitalização de documentos; conferência de pastas; coordenação de senhas; - executar outras tarefas, de acordo com as atribuições próprias de sua unidade operacional e de natureza do seu trabalho, conforme determinação superior.
Descrição da entrevista: interessadas favor entrar em contato com a Marília no telefone: (64) 3621-2977.

Read more...

  © Blogger template Webnolia by Ourblogtemplates.com 2009

Back to TOP